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terça-feira, 18 de setembro de 2012

Amar


Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,  e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho,e uma ave de rapina.
Este o nosso destino:  amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.


 Aluna-Nathali Kauana Moraes

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